Vem Ver: A Alegria Contagiante de Compartilhar o Tesouro que Encontramos na Igreja

Há um momento na jornada de fé que marca profundamente a vida de todo cristão: aquele instante em que o coração transborda de tal maneira que você não consegue guardar para si mesmo o que descobriu. É quando a alegria do evangelho se torna tão real, tão palpável, que você naturalmente quer que outros experimentem o mesmo. É o gozo inexplicável de convidar alguém para conhecer a igreja, a comunidade que transformou sua vida.


Se você já sentiu aquele frio na barriga antes de convidar um amigo para o culto, aquele nervosismo misturado com expectativa quando espera alguém chegar pela primeira vez, ou aquela alegria explosiva quando vê uma pessoa que você convidou entregando sua vida a Cristo - então você conhece esse gozo de que estamos falando. É uma das experiências mais recompensadoras da vida cristã, e merece ser explorada, celebrada e cultivada.



A Origem do Desejo de Convidar


Quando o Tesouro Precisa Ser Compartilhado


Lembra-se da parábola do tesouro escondido no campo? O homem que encontrou o tesouro ficou tão jubiloso que vendeu tudo o que tinha para comprar aquele campo. Essa é a natureza de quem encontra algo verdadeiramente valioso - você não consegue conter a emoção.


O mesmo acontece quando descobrimos a riqueza da vida em Cristo e da comunidade da igreja. Não é apenas uma informação que adquirimos; é um tesouro que transforma completamente nossa existência. E tesouros assim pedem para ser compartilhados. Não por obrigação religiosa, mas por alegria transbordante.


Pense em quando você descobre um restaurante excepcional, um filme incrível, ou um livro que mudou sua perspectiva. Qual é sua reação natural? Você quer contar para todo mundo! "Você precisa experimentar isso!" "Você não vai acreditar!" "Isso vai mudar sua vida!" Agora multiplique essa sensação por infinito quando se trata do evangelho e da comunidade da igreja.



O Exemplo de André: O Primeiro Convite Registrado


Um dos meus relatos favoritos nas Escrituras é o de André em João 1:40-42. Assim que André encontra Jesus e passa um tempo com Ele, o texto diz: "André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido o testemunho de João e seguido Jesus. A primeira coisa que André fez foi procurar seu irmão Simão e dizer-lhe: 'Achamos o Messias'. E o levou a Jesus."


Repare na linguagem: "A primeira coisa que André fez..." Não esperou fazer um curso de evangelismo. Não aguardou estar mais preparado. Não planejou uma estratégia elaborada. A primeira coisa - imediatamente - foi compartilhar a descoberta com quem ele amava. E o resultado? Pedro, que se tornaria uma das pedras fundamentais da igreja.


Esse padrão se repete ao longo das Escrituras e da história da igreja. Pessoas que encontram Jesus naturalmente querem que outros também O encontrem. Não é fardo; é alegria. Não é obrigação; é privilégio.



Por Que Convidar Traz Tanto Gozo?


Participamos da Maior História de Todas


Quando convidamos alguém para a igreja, não estamos simplesmente recrutando mais um membro para uma organização. Estamos convidando uma pessoa a entrar na maior narrativa que existe - a história da redenção de Deus. Estamos oferecendo a alguém a chance de encontrar seu Criador, seu propósito, sua verdadeira identidade.


Isso é imensamente significativo. Você está potencialmente influenciando a eternidade de alguém. Está abrindo uma porta para que essa pessoa conheça o amor transformador de Cristo. Está oferecendo esperança a quem pode estar desesperado, paz a quem está ansioso, comunidade a quem está solitário, perdão a quem carrega culpa.


Há poucos privilégios maiores na vida do que ser usado por Deus para conectar uma pessoa a Ele. É por isso que o gozo é tão intenso - você sabe que está participando de algo eternamente importante.



Vemos Deus Agir Diante dos Nossos Olhos


Quando convidamos alguém e essa pessoa aceita o convite, começamos a testemunhar o trabalho de Deus em tempo real. Vemos o Espírito Santo tocando corações, abrindo olhos espirituais, transformando vidas. E não há nada mais emocionante do que isso.


Lembro de conversas com pessoas que descrevem aquele momento em que trouxeram alguém para a igreja e, durante o culto, perceberam que a mensagem estava falando exatamente com a situação daquela pessoa. Como se Deus tivesse preparado tudo especialmente para aquele momento. As lágrimas começam a rolar, o coração se abre, e você sabe que está presenciando um milagre.


Ou quando você convida alguém repetidamente, ora por essa pessoa durante meses ou anos, e finalmente ela aceita o convite. No culto, você observa seu rosto, nota algo mudando, e depois ela te procura dizendo: "Eu senti algo diferente hoje. Algo tocou meu coração." Esses momentos são indescritíveis. É ver Deus responder orações, cumprir promessas, buscar Suas ovelhas.



O Amor Se Manifesta em Ação


O amor verdadeiro não é passivo; ele age. Quando amamos alguém de verdade, queremos o melhor para essa pessoa. E se cremos que conhecer a Cristo e fazer parte de Sua igreja é o melhor que alguém pode experimentar, então convidar é uma das maiores demonstrações de amor que podemos oferecer.


Não estamos tentando impor nossas crenças. Não estamos sendo inconvenientes. Estamos, motivados por amor genuíno, compartilhando o que há de mais precioso em nossas vidas. É como ter a cura para uma doença e compartilhar generosamente com quem está doente.


O gozo vem de saber que você está amando ativamente. Você não está apenas sentindo afeto pela pessoa; está tomando iniciativa, correndo o risco da rejeição, investindo tempo e energia porque realmente se importa com o bem-estar eterno dela.



A Igreja Se Torna Mais Rica


Cada pessoa que chega à igreja traz consigo uma história única, dons específicos, uma perspectiva particular. Quando convidamos outros e eles se integram à comunidade, a igreja toda se beneficia. O corpo fica mais completo.


Já vi igrejas serem transformadas pela chegada de pessoas que foram convidadas. Um músico talentoso que enriquece o louvor. Uma pessoa com dons administrativos que ajuda a organizar melhor os ministérios. Alguém com coração para crianças que revoluciona o ministério infantil. Um intercessor que fortalece a vida de oração da igreja.


Mas não é apenas sobre talentos. Cada pessoa traz sua humanidade, suas experiências, suas lutas e vitórias. E isso enriquece o tecido da comunidade. A diversidade de histórias e backgrounds faz a igreja mais bela, mais completa, mais parecida com o Reino de Deus que abraça toda tribo, língua e nação.



O Processo de Convidar: Mais que Palavras


Começa com Relacionamento Autêntico


O convite mais eficaz não é aquele feito a um estranho na rua (embora Deus possa usar até isso), mas aquele que nasce de um relacionamento genuíno. Quando você investe tempo em conhecer alguém, demonstra interesse real em sua vida, e constrói confiança, o convite se torna natural.


As pessoas não querem ser projetos de evangelismo. Elas querem ser amadas sinceramente. Quando você desenvolve amizades verdadeiras - toma café junto, compartilha refeições, está presente nos momentos difíceis, celebra as vitórias - o convite para a igreja se torna uma extensão natural da amizade.


"Eu gostaria muito que você conhecesse essa comunidade que é tão importante para mim." "Você falou que está buscando mais propósito... posso te convidar para ir comigo à igreja no domingo?" "Nossa igreja está fazendo um evento especial e eu pensei em você. Quer ir comigo?"


Esses convites carregam peso porque vêm de alguém que já demonstrou cuidado genuíno. Não são transações; são convites de amigo para amigo.



A Vida Que Convida Antes das Palavras


Existe um ditado atribuído a São Francisco de Assis: "Pregue o evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras." Embora a frase seja um pouco simplista (palavras são necessárias sim!), ela captura uma verdade importante: nossa vida fala antes de nossa boca abrir.


Quando as pessoas veem transformação real em você - alegria genuína, paz em meio às tempestades, generosidade, integridade, amor sacrificial - elas ficam curiosas. "Por que você é diferente?" "De onde vem essa paz?" "Como você consegue perdoar daquela forma?"


Essas perguntas são convites para compartilhar. E quando você responde honestamente sobre o papel de Cristo e da igreja em sua vida, o convite verbal se torna natural. Você não está tentando convencer ninguém de uma teoria; está simplesmente explicando a fonte da transformação que eles já testemunharam.



Orando Antes, Durante e Depois


Nunca subestime o papel da oração no processo de convidar. Antes de convidar alguém, ore por essa pessoa. Peça que Deus prepare o coração dela. Peça sabedoria sobre o momento certo de fazer o convite. Peça que o Espírito Santo vá adiante de você.


Durante o processo de convidar e quando a pessoa vem, continue orando. Ore para que ela experimente a presença de Deus. Ore para que as barreiras caiam. Ore para que ela se sinta acolhida e amada.


E depois, seja a pessoa tendo aceitado Cristo ou não, continue orando. O processo de Deus na vida das pessoas não segue nosso cronograma. Às vezes plantamos, outros regam, e Deus dá o crescimento no tempo certo.


Há algo profundamente satisfatório em orar fielmente por alguém e depois ver Deus responder. O gozo é multiplicado porque você sabe que participou não apenas externamente, mas também na batalha espiritual através da oração.



Superando os Obstáculos ao Convite


O Medo da Rejeição


Sejamos honestos: uma das maiores razões pelas quais não convidamos mais pessoas é o medo de sermos rejeitados. E se a pessoa disser não? E se ela pensar que somos fanáticos? E se isso danificar nossa amizade?


Esses medos são compreensíveis, mas precisam ser contextualizados. Primeiro, lembre-se de que a rejeição ao convite não é rejeição a você pessoalmente. A pessoa pode ter mil motivos para declinar que não têm nada a ver com você - está ocupada, não está no momento certo, tem feridas com religião do passado.


Segundo, e isso é crucial: você não é responsável pela resposta da pessoa, apenas pela fidelidade de convidar. O resto está nas mãos de Deus. Você não precisa converter ninguém; isso é obra do Espírito Santo. Sua parte é simplesmente estender o convite com amor e deixar Deus trabalhar.


Terceiro, muitas vezes superestimamos quão negativa será a reação. A maioria das pessoas fica, na verdade, lisonjeada por terem sido lembradas e convidadas. Mesmo que não aceitem imediatamente, você plantou uma semente. E quem sabe, na próxima vez ou na décima próxima vez, a resposta seja diferente.



"Não Sei o Suficiente"


Outro obstáculo comum é sentir que não sabemos o suficiente sobre a Bíblia ou teologia para convidar alguém. "E se me fizerem perguntas que não sei responder?" "E se eu falar algo errado?"


Aqui está a boa notícia: você não precisa ser um teólogo para convidar alguém para a igreja. Você só precisa compartilhar sua experiência. Ninguém pode argumentar com seu testemunho pessoal. "Eu sei que desde que comecei a frequentar a igreja, minha vida mudou assim e assim." "Eu encontrei uma comunidade que me acolheu e me fez sentir pertencente." "Eu descobri um propósito que não tinha antes."


E se alguém fizer uma pergunta teológica complexa que você não sabe responder? Seja honesto! "Essa é uma ótima pergunta, e eu não tenho certeza da resposta. Mas posso te conectar com alguém na igreja que pode nos ajudar com isso." Ou: "Por que você não vem comigo no domingo e podemos conversar com o pastor sobre isso?"


Humildade e honestidade são muito mais atraentes do que fingir saber tudo. E lembre-se: você está convidando a pessoa para encontrar Jesus e uma comunidade, não para um debate teológico.



O Medo de Que a Igreja Decepcione


Às vezes hesitamos em convidar porque conhecemos as imperfeições de nossa igreja. "E se levarem a pessoa no dia em que o som falhar?" "E se ninguém for caloroso com ela?" "E se a mensagem não for boa?"


Esses são medos legítimos, mas precisamos lembrar algumas coisas. Primeiro, toda igreja é imperfeita porque é feita de pessoas imperfeitas. Se esperarmos pela igreja perfeita para começar a convidar, nunca convidaremos ninguém.


Segundo, o que realmente importa não é se tudo funcionou perfeitamente, mas se a pessoa sentiu o amor de Deus e da comunidade. Já ouvi histórias de pessoas que foram conquistadas para Cristo em cultos onde tudo deu errado tecnicamente, mas o amor das pessoas foi tão genuíno que isso não importou.


Terceiro, você pode ser parte da solução. Chegue cedo com a pessoa que você convidou. Apresente-a a outros membros. Sente-se junto. Ajude-a a se sentir confortável. Seu cuidado pessoal pode compensar qualquer imperfeição organizacional.



As Diferentes Formas de Convidar


O Convite Direto e Simples


Às vezes, tudo o que é preciso é um convite direto: "Você gostaria de ir à igreja comigo no domingo?" Simples, claro, sem rodeios. Muitas pessoas apreciam essa abordagem honesta e direta.


A chave aqui é o tom. Não deve soar como obrigação ou julgamento, mas como um convite genuíno de quem está compartilhando algo precioso. "Eu adoraria se você pudesse conhecer essa comunidade que significa tanto para mim."



Convite para Eventos Especiais


Eventos especiais são excelentes portas de entrada. Um culto de Páscoa ou Natal, quando a igreja tende a caprichar mais. Um evento evangelístico específico. Uma programação especial com louvor diferenciado. Um churrasco ou festa da igreja.


Esses eventos costumam ser menos intimidadores para quem nunca foi à igreja. "Olha, sei que você não costuma ir à igreja, mas no próximo sábado teremos uma festa junina e seria muito legal se você fosse." É casual, social, e abre a porta para visitas futuras mais "formais".



Convite para Servir Junto


Algumas pessoas respondem melhor quando convidadas a fazer algo, não apenas assistir. "Nossa igreja vai fazer uma ação social no bairro tal. Você gostaria de ir comigo ajudar?" "Estamos organizando uma doação de alimentos e preciso de ajuda. Topa?"


Quando a pessoa vem e vê a igreja em ação, servindo a comunidade com amor, isso pode ser extremamente impactante. Ela testemunha o evangelho sendo vivido, não apenas pregado. E muitas vezes, depois de participar de uma ação dessas, a pessoa fica mais aberta a voltar para um culto.



O Convite Progressivo


Nem todo convite precisa ser para o culto principal de domingo imediatamente. Você pode começar com passos menores. Convide para um estudo bíblico em casa, mais informal e com menos gente. Convide para um café com você e mais alguns amigos da igreja. Convide para assistir online primeiro, se a pessoa estiver muito nervosa quanto a ir presencialmente.


O objetivo é remover barreiras e tornar o processo menos assustador. Cada "sim" pequeno aumenta a probabilidade de um "sim" maior no futuro.



O Gozo de Acompanhar Depois do Convite


Estar Presente no Primeiro Dia


Se alguém aceita seu convite e vem à igreja, estar presente com essa pessoa faz toda a diferença. Combine de pegar a pessoa em casa ou encontrá-la na entrada. Sente-se ao lado dela. Ajude-a a encontrar as páginas na Bíblia. Apresente-a a outros. Explique o que está acontecendo quando necessário.


Você é a ponte entre a pessoa e a comunidade. Sua presença traz segurança e conforto. E você compartilha da alegria de ver alguém que você ama experimentar pela primeira vez o que você já conhece e valoriza tanto.



Continuar Investindo


O convite não termina quando a pessoa pisa na igreja pela primeira vez. Na verdade, é apenas o começo. Continue investindo. Pergunte o que ela achou. Ouça suas dúvidas ou preocupações sem julgamento. Convide novamente. E de novo.


Às vezes, a pessoa precisa vir várias vezes antes de realmente "pegar". Ou antes de se sentir pronta para dar um passo maior de compromisso. Seja paciente. Continue amando. Continue convidando. Continue orando.



Celebrar Cada Passo


Cada passo merece celebração! A pessoa veio pela primeira vez? Celebre! Ela voltou uma segunda vez? Celebre! Ela começou a fazer perguntas espirituais mais profundas? Celebre! Ela aceitou Cristo? Celebração máxima! Ela pediu batismo? Lágrimas de alegria!


Essas celebrações não são apenas para você; compartilhe com a comunidade. Quando a igreja toda celebra o que Deus está fazendo na vida de alguém que foi convidado, isso cria uma cultura de convite. Outras pessoas se inspiram e começam a convidar também.



O Efeito Multiplicador


Pessoas Convidadas que Convidam Outros


Uma das dinâmicas mais lindas é ver alguém que você convidou começar a convidar outros. É o efeito multiplicador do Reino. Você convida João, João conhece Cristo e se apaixona pela comunidade, e logo João está convidando seu vizinho, seu colega de trabalho, sua família.


Isso é discipulado em ação. Você modelou para João que cristãos convidam outros. Ele testemunhou sua coragem e amor. E agora ele replica isso. Assim o Reino se expande - não apenas por adição, mas por multiplicação.



Gerações que Vêm de Um Convite


Pense por um momento: quantas pessoas estão na igreja hoje porque alguém, em algum momento, teve a coragem de convidar alguém de sua família? Talvez seus avós tenham sido convidados por um amigo, e por causa disso, seus pais cresceram na igreja, e você também, e agora você está ali.


Ou talvez você seja a primeira geração em sua família na fé. E seus filhos crescerão conhecendo a igreja. E um dia, os filhos deles. Tudo porque alguém te convidou, ou porque você teve a coragem de aceitar aquele convite.


Esse é o poder de um simples convite. Você não está apenas impactando uma pessoa; você está potencialmente impactando gerações. Famílias inteiras podem ser transformadas. Árvores genealógicas espirituais crescem de uma única semente de convite plantada com amor.



Testemunhos que Aquecem o Coração


Histórias Reais de Convites que Mudaram Vidas


Permita-me compartilhar algumas histórias que ilustram o poder e o gozo de convidar:


Maria convidou sua colega de trabalho, Joana, durante anos. Toda segunda-feira, gentilmente: "Foi ótimo o culto de ontem. Você seria bem-vinda se quiser ir um dia." Joana sempre dizia que estava ocupada. Mas Maria continuou convidando e, mais importante, continuou sendo amiga fiel. Depois de três anos, Joana estava passando por um divórcio doloroso. Em lágrimas, ligou para Maria: "Você ainda me convidaria para ir à igreja?" Hoje, cinco anos depois, Joana é líder do ministério de mulheres, ajudando outras que passam por divórcios. Tudo porque Maria não desistiu.


Carlos era um adolescente tímido que foi convidado por um amigo de escola para um grupo de jovens. Ele nunca tinha pisado em uma igreja. Naquela primeira noite, sentiu algo que não sabia descrever - uma sensação de pertencimento, de ser amado sem ter que provar nada. Vinte anos depois, Carlos é pastor, e centenas de pessoas conhecem Cristo através de seu ministério. Ele sempre diz: "Tudo começou com um amigo que teve a coragem de me convidar."


Dona Rosa, de 75 anos, morava sozinha e raramente saía de casa. Uma vizinha mais jovem começou a visitá-la regularmente, fazendo compras para ela, conversando. Um dia, convidou Dona Rosa para ir à igreja. "Acho que você gostaria de conhecer algumas pessoas." Dona Rosa hesitou, mas aceitou. Nos seus últimos anos de vida, ela encontrou uma família na igreja, amizades profundas, e um propósito renovado. Ela dizia: "Eu pensava que minha vida tinha acabado. Mas Deus tinha planos maiores."



Seu Próprio Testemunho


Pense agora: como você chegou à igreja? Alguém te convidou? Foi um familiar, amigo, colega? Ou você chegou de outra forma, mas depois alguém te acolheu e te fez querer ficar?


Esse é seu testemunho. E é poderoso. Quando você compartilha como chegou à fé e à comunidade, você está lembrando a si mesmo e a outros do poder de um convite. E você inspira outros a fazer o mesmo.



Criando Uma Cultura de Convite na Igreja


Quando a Igreja Toda Convida


Imagine uma igreja onde todo membro se vê como um convidador. Não apenas o pastor do púlpito fazendo apelos, mas cada pessoa ativamente pensando: "Quem eu poderia convidar esta semana?"


Isso transforma a igreja. Ela deixa de ser um clube fechado e se torna um movimento expansivo. As cadeiras que ficam vazias começam a se encher. Novas vozes se juntam ao louvor. Novas histórias enriquecem a comunidade. E a igreja cumpre sua missão de ser luz no mundo.



Removendo Barreiras para Visitantes


Para que mais pessoas tenham coragem de convidar, a igreja precisa ser um lugar acolhedor para visitantes. Isso significa algumas coisas práticas:


Sinalização clara. Visitantes não sabem onde fica o banheiro, a sala de crianças, ou o auditório principal. Placas ajudam.


Membros atentos. Treine sua congregação para notar rostos novos e se apresentar calorosamente. Um sorriso e um "bom dia, é sua primeira vez aqui?" fazem maravilhas.


Informações acessíveis. Tenha materiais simples explicando o que é a igreja, quando são os cultos, como funcionam os ministérios. E não encha o visitante de informações demais no primeiro dia.


Um ambiente onde erros são ok. Se o visitante não souber quando ficar em pé ou sentar, se não souber cantar os hinos, se não trouxer Bíblia - tudo bem! Crie uma atmosfera onde pessoas em diferentes níveis de familiaridade com a igreja se sintam confortáveis.



Celebrando os Convites


Regularmente, do púlpito e em outros contextos, celebre as histórias de pessoas que convidaram e de pessoas que vieram através de convites. Isso reforça a cultura.


"No mês passado, tivemos 10 novos visitantes! Vocês sabem o que isso significa? Pelo menos 10 de vocês foram fiéis em convidar. Obrigado por amarem as pessoas assim!" Esse tipo de reconhecimento encoraja mais pessoas a convidar.



O Gozo que Supera Qualquer Desconforto


Vale Cada Momento de Nervosismo


Sim, convidar alguém pode ser desconfortável. Seu coração pode acelerar. Você pode gaguejar um pouco. Pode se sentir exposto, vulnerável. Mas deixe-me dizer com convicção: vale a pena.


O gozo de ver alguém que você convidou encontrar vida em Cristo é tão imenso que faz qualquer desconforto inicial parecer insignificante. É como o parto - doloroso no momento, mas a alegria do bebê nos braços faz você esquecer a dor.



Alegria que Ecoa na Eternidade


O gozo de convidar não é apenas temporal. Ele tem implicações eternas. Um dia, no céu, você pode encontrar pessoas que estão lá porque você teve a coragem de convidar. Ou porque você convidou alguém que convidou alguém que convidou alguém.


Imagine a alegria desse momento. Imagine abraçar alguém e ele dizer: "Eu estou aqui por sua causa. Obrigado por não desistir de mim. Obrigado por me convidar repetidamente até eu aceitar."


Esse pensamento deve nos emocionar profundamente. E deve nos motivar a continuar convidando, apesar de qualquer hesitação ou medo.



Um Convite para Você


Se você leu até aqui, deixe-me fazer um convite: que tal escolher uma pessoa para convidar esta semana? Alguém que você conhece, que você ama, e que ainda não conhece a alegria de fazer parte da família de Deus.


Ore por essa pessoa nos próximos dias. Peça a Deus que prepare o coração dela e que te dê a oportunidade e as palavras certas. E então, com amor e coragem, faça o convite.


Pode ser simples: "Eu adoraria se você conhecesse minha igreja. Que tal ir comigo no domingo?" Ou específico: "Estamos tendo um evento especial que acho que você gostaria. Posso te buscar?"


Não se preocupe tanto com as palavras perfeitas. Preocupe-se em amar genuinamente e em dar à pessoa a oportunidade de experimentar o que tem sido tão precioso para você.


E então, depois de convidar, independente da resposta, reserve um momento para agradecer a Deus pelo privilégio de ser Seu embaixador. De ser alguém através de quem Ele pode alcançar outros. De experimentar o gozo de participar de Sua missão redentora.



O Gozo Compartilhado É Gozo Multiplicado


Há um provérbio que diz: "Alegria compartilhada é alegria duplicada." No caso de convidar pessoas para a igreja, a alegria é mais que duplicada - é multiplicada exponencialmente.


Quando você convida alguém, você não está apenas aumentando os números da igreja. Você está expandindo a família. Está adicionando mais vozes ao coro de louvor que um dia entoará glória a Deus ao redor do trono. Está escrevendo mais uma história de redenção no grande livro da história da salvação.


E há algo profundamente satisfatório nisso. É ter um propósito maior que você mesmo. É saber que sua vida importa, que suas ações têm consequências eternas, que você é parte de algo muito maior.


Então, sim, convide. Convide com coragem, com amor, com persistência. Convide sabendo que você pode estar mudando não apenas um domingo na vida de alguém, mas a eternidade dessa pessoa. Convide e experimente o gozo indescritível de ser usado por Deus para alcançar Seus filhos perdidos.


Porque no final, "vem ver" pode ser o convite mais importante que alguém já recebeu. E você pode ser a pessoa que tem o privilégio de estendê-lo.


Que o Senhor nos dê corações que transbordam, bocas que convidam, e a alegria incomparável de ver vidas sendo transformadas pelo poder do evangelho e pela beleza da comunidade da igreja.


Vem ver. E depois, convide outros a vir ver também.

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